[MENTORIA - ENCONTRO 1]
Pelo Tabelião Marcello Antunes.
Apesar do direcionamento do estudo e da carreira do operador do Direito tradicionalmente visarem o litígio e a busca por uma "verdade determinada por um terceiro" (nesse caso, o juiz), a verdade é que a maioria das pessoas quer garantir sua liberdade de escolha e celeridade na resolução dos conflitos.
O Extrajudicial está em ascensão no mundo todo e não é à toa.
Ter sua vontade realizada sem qualquer impedimento, realizar negócios e ver sua demanda finalizada são alguns dos elementos que motivam a população a cada vez mais optar pelas soluções do tabelionato de notas.
É certo que muitos advogados com uma mentalidade mais fechada tem receio de que o Extra possa comprometer suas carreiras e seu futuro, mas isso não é nada além de uma confusão conceitual.
A atuação dos advogados no Extrajudicial é bastante distinta daquilo que é trabalhado nas Faculdades. Aqui, existe uma necessidade constante em impulsionar os escreventes do tabelionato, verificar andamentos, certificar que a documentação está sempre em dia, ir e voltar junto ao cliente trazendo novas informações, solicitar atendimento direto pelo tabelião quando o procedimento "emperrou" por algum motivo mais complexo que o usual e entender que aqui atuaremos como uma unidade com um propósito comum.
Brigas, desconfiança e quaisquer outros sentimentos de superioridade / inferioridade só irão atrapalhar o andamento do serviço e acabar prejudicando quem mais importa: o cliente final!
É necessário pontuar que o tabelionato, assim como o advogado, devem ser todos flexíveis para realizar pequenos ajustes na forma de operar para que tenhamos um bom resultado. Isso porque a execução de um serviço - por mais que às vezes não transpareça, tem como componentes todas aquelas pessoas que fazem parte da cadeia de produção.
De forma distinta de um produto que adquirimos em uma loja, por exemplo, uma roupa. O serviço termina somente quando todas as partes realizaram suas funções e atuaram em conjunto de forma ordenada para atingir aquele fim. Alguns parceiros preferem comandar mais, outros nos deixam mais à vontade para dar andamento nos trabalhos.
O fato é que se não entendermos a execução de um ato notarial como um trabalho em conjunto em que todos envolvidos têm interesse direto em realizar e finalizar tudo da melhor forma possível, teremos mais dificuldades, desgastes e desprendimento de energia do que o necessário - e ninguém quer isso!
A execução de um serviço, em regra, será cada vez melhor de acordo com o relacionamento desenvolvido. Pressão nos escreventes para acelerar e finalizar a demanda é algo ótimo no Extrajudicial, beligerância não é bem-vinda. Infelizmente, nem sempre a forma do NOVO Sétimo em trabalhar assim será aceita ou compreendida pelos nossos queridos advogados e é exatamente por isso que existem vários tabelionatos: a escolha é livre e de acordo com o perfil do cliente (lembrando que utilizar tabelionatos que invadem a circunscrição alheia - por meio de "pontos de apoio" ou sucursais tornará seu ato ilegal). No entanto, sabemos que temos os melhores parceiros.
A sinergia acontece quando todos estão mutuamente se ajudando e construindo para o cliente um futuro melhor do que o passado que nos levou a iniciar os trabalhos.